quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Síndrome das pernas inquietas e a gravidez...

Nome interessante né? Mas é só o nome mesmo....Desde os 15 anos tenho uma certa 'inquietação' nas pernas. No início achavam que era reumatismo ou coisa parecida, mas nenhum exame deu nada...Com o tempo esses sintomas esquisitos que sempre apareciam à noite foram ficando menos intensos e apareciam de vez em quando. Nos últimos 5 anos eles se intensificaram, chegando a certos dias eu ter que tomar algum relaxante muscular como Dorflex pra aliviar.
Até então eu não tinha muita ideia do que seria isso....marido também tem e, assim como, aprendeu a conviver com o problema...e como eu sempre fui meio avessa a médicos, tb fui levando...
Acontece que a tal síndrome piora com a gravidez, minhas senhores e meus senhores, principalmente no último trimestre...ahhhh e em pessoas da meia idade (leia-se 'grávidas idosas') é ainda pior...
Assim, cá estou eu, com todos os sintomas normais de finalzinho de gravidez e tendo que conviver com mais essa...é mole?
Essas últimas noites em que o calor tá demais, tem sido um martírio conseguir dormir, até pq qdo passa a inquietação das pernas, dá vontade de fazer xixi, ou então o João resolve praticar sua série de exercícios na cama elástica que ele comprou direto no site do Submarino...enfim, senhoras grávidas e futuras: último mês é f......!!!!
bjs
Meiroka

Se vc nunca ouviu falar na tal síndrome, segue algumas coisas que pesquisei e que podem ajudar, já que é um distúrbio super comum e que acomete muitas pessoas que não tem ideia do que seja:
SPI - SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS

Na hora de dormir, o paciente é acometido por sensações de formigamento, comichão, queimação, desconforto e dor, que vão do tornozelo até a raiz do joelho. É a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), que afeta cerca de 10% da população entre 30 e 79 anos, mas é pouco divulgada, inclusive entre a classe médica.O transtorno é mais comum em mulheres na meia idade. O desconforto atrapalha o início do sono e às vezes dura até o meio da madrugada. Nos casos mais leves, não há sintomas diurnos. A ausência de uma noite completa de sono leva a uma qualidade de vida comparável à de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, artrite e depressão.Os médicos não são bem informados sobre a doença, menos de 25% dos pacientes recebem o diagnóstico e menos ainda saem com tratamento adequado. Grande parcela dos pacientes é taxada como neurótica, histérica e toma antidepressivos, calmantes, que causam efeitos colaterais e só pioram os sintomas.
Sinais de problema
O desconforto nos membros inferiores surge com o repouso, e melhora com atividade. Uma alteração de sensibilidade leva à necessidade de esfregar a perna no lençol, na cama, e movimentá-la de alguma forma, ou fazer massagem e alongamento. Há uma sensação de pressão, arrepio e repuxamento. Aproximadamente um terço dos portadores sofre com os sintomas mais de duas vezes por semana. Alguns pacientes sentem uma dor profunda, no osso. Dificilmente há alteração de força muscular, mas é muito frequentemente relatada a impressão de que insetos estão picando as pernas . Dos casos, 40% são ligados à anemia, por deficiência de ferro, e 20% têm natureza familiar, por componente genético. O ferro faz parte do metabolismo do neurotransmissor chamado dopamina, cuja falta provoca os sintomas. Acredita-se que haja uma falta de dopamina em algumas áreas do cérebro, responsáveis pelos movimentos finos e harmônicos. Pessoas ansiosas são mais atingidas. O problema piora durante a gravidez e quando a pessoa está ansiosa. Durante a vigília, quando está parada, descansada, a pessoa pode sentir o desconforto, mas quando está atenta a outras coisas se distrai.
A SPI é muitas vezes incapacitante, mas é também de fácil diagnóstico. O mal é detectado por consulta médica, exame físico e testes gerais como dosagem de ferro, hemograma completo. Não precisa de ressonância, mapeamento cerebral, nada de alta tecnologia. O medicamento é de custo acessível, disponível na rede pública. O gasto é de cerca de R$ 20 por mês. O resultado do tratamento é rápido.
Uma polissonografia, que monitora o paciente durante o sono, também pode identificar o problema. As funções cerebral e cardiológica são monitoradas, enquanto o paciente é filmado. Para diferenciar de outros distúrbios, é bom verificar se a pessoa fica nervosa durante o dia todo, ou só sente este problema nas pernas quando parado. Praticar atividade fisica costuma melhorar levemente os sintomas por liberar endorfinas próprias e minimiza os sintomas.

4 comentários:

  1. Oi Meire, achei teu blog na net e resolvi espiar, parece que estamos na mesma fase, he he... qual a data prevista para a chegada do João? Por aqui temos em mente que Joaquim não demora mais do que uma semana ou 10 para dar o ar da graça. E estamos numa alegria só!!! Vou acompanhar teu blog, é bom sentir que não estamos sós nessa fase da doce espera!! bjos!!!

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  2. oi meire tudo bem?
    eu estou vivendo tudo isso que vc descreveu...gostaria de saber desse remédio na faixa de 20 reais, qual é o nome dele?
    preciso tomar urgente.....

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  3. Oi Meire, gostei de suas informações, achava que eu era louca por ter estas sensações estranhas nas pernas. você sabe qual o especialista a procurar? Obrigada.

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  4. olá, não sei se existe um especialista para esta sindrome, acredito que um reumatologista se for algo que realmente te incomoda...a minha aprendi a conviver e meu GO disse que não devia me preocupar...abraço

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