quarta-feira, 1 de julho de 2009

Melhor contar antes da história...

Entao, antes da descoberta da gravidez é preciso contar um resumão de tudo o que rolou antes, certo?
Bom, tô no segundo casamento há 8 maravilhosos anos. Antes desse estive casada por 15 anos. Que aliás, foram também anos maravilhosos, tenho que ser honesta! Os primeiros anos do primeiro casamento foram anos de tentativas em vão para engravidar. Exames e mais exames, testes e mais testes, tratamentos e mais tratamentos. Ao final de cada um deles, a resposta era sempre a mesma: nada diagnosticado, nada constatado, "você não tem nada!" Só que não engravidava. Depois de algum tempo eu cansei. Exatamente depois de um exame que lembro o nome até hoje: histerossalpingografia que é um exame onde se coloca um cateter no orifício de entrada do colo do útero e, por esse cateter, é injetado um contraste radiológico pra ver se suas trompas estão entupidas. Acontece que esse exame dói (o meu doeu pra caramba), além de ter sido feito de uma forma super antipática, eu estava super suscetível, enfim: foi horrível! Depois dele e do resultado: nada diagnosticado, eu desisti! Falei pro meu marido que não aguentava mais e que deveríamos partir pra outras alternativas. A adoção já era algo que tínhamos como certo, mas no futuro.
Mas o papai do céu é fogo, né? Uma semana depois desse exame e da desistência oficial, uma grande amiga (comadre hoje), me ligou e disse: Amiga, preciso de ajuda! Você conhece alguém que queira adotar uma menininha de 2 meses? Só que tem que responder já! Todos já sabiam a resposta, certo? Eu ainda até tive dúvidas que meu marido relutasse, mas qual nada! Foi o primeiro a responder: vamos agora! Bom, resumindo a missa: da ligação às 19h30 até o retorno pra nossa casa às 23hs, eu já era mãe.
E a Stefanie entrou em nossa vida como um sol, aquecendo todas as partes frias e iluminando todas as partes escuras. Tudo clareou. Tudo pareceu fazer novo sentido, tanto pra mim como pro meu marido. A partir daí, eu literalmente esqueci dessa história de engravidar. Como não tomava nenhuma medida contraceptiva, decidimos continuar assim. Quem sabe eu não engravidaria agora, né? Tantas histórias sobre adoção seguida de gravidez. Mas comigo nada aconteceu.
E nunca me preocupou. Claro que eu via aquelas barrigas lindas desfilarem na minha frente aqui e ali e pensava como seria essa sensação maravilhosa. Mas, sinceramente, minha filha me completava de uma maneira tal que essa sensação passava logo.
E foi assim por 15 anos, quando eu e meu primeiro marido resolvemos nos separar. Sem brigas, sem culpas, sem rancores. Apenas decidimos dar um tempo e o tempo se deu conta de nós. Seguimos nossas vidas, cada qual pra um lado, mas tendo em comum sempre nossa princesa que nos unia e une até hoje em uma grande amizade.
Bom, eu nem sonhava em casar de novo, principalmente porque tinha uma adolescente em casa. E a gente sabe o que é uma adolescente com hormônios borbulhando pra tudo quanto é lado, certo? Stefanie era um vulcão em constante erupção e eu não poderia imaginar que existiria um homem que me amasse tanto a ponto de topar morar no mesmo teto que uma adolescente (ah, e com tinha minha mãe também!). Pois é, pensei errado! Encontrei minha cara metade, meu carma, meu outro lado, minha outra metade da laranja na internet! Em uma sala de bate papo do UOL. E mesmo eu não querendo (ou pensando que não queria) iniciamos uma vida juntos: eu, ele, a Stefanie e minha mãe! Puta cara corajoso! Fala sério!
E têm sido anos maravilhosos! Hoje moramos no interior, em Salto, cidade próxima a Itu e Sorocaba, a Stefanie ficou em SP, mora com o pai, faz facul e está noiva (é mole?)
Meu marido, que o destino quis que se chamasse Edson também (é meu carma!), também vindo de um primeiro casamento, tem uma filha, Laiz, com 19 anos hoje (Stefanie vai fazer 21 anos em agosto).
Assim, sempre dizíamos para as pessoas que tínhamos duas filhas maravilhosas e estávamos naquele intervalo na espera de futuros netos. Fazendo planos de parar de trabalhar daqui uns 5 anos, quando as meninas se formassem e irmos morar no litoral e viver de artesanato! muitos risossssss....
E não é que papai do céu entrou em ação de novo na minha vida? Vinte anos depois...com 44 anos de idade, eu engravidei!
Mas como já escrevi demais, vou deixar pro próximo post, ok?
beijooooooooooo
Meiroka